sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Quem tem medinho, quem é?!


Querido filho,

Uma das coisas que me deste foi a consciência da "não eternidade" e um certo receio de não ter o privilégio de te ver crescer. Lá está, daquelas coisas que não se pensa enquanto somos "só nós", quando há sempre muita vida pela frente.

Não sei se te agradeça este medo-de-não-existir. 
A verdade é que dá outro tempero à vida, outra urgência doce ao Amor.

Que a vida nos dê muita vida e o tempo muito tempo para continuarmos a descobrir-nos, em cada abraço e em cada beijinho (que já dás). 
E são esses beijos que dão a ilusão de eternidade e o medo imenso de que acabe rápido.

E há-se ser sempre num sopro, nem que viva até aos 100 anos.
É muito Amor para pouca vida...

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