quarta-feira, 11 de maio de 2016

Leite gordo. Amor em estado líquido.

Enorme. É a palavra que te descreve.
Um bebé de 5 meses e tal a vestir roupa de 9. 

Já não dizem que o leite não chega, nem que choras com fome. 
Boa puto, conseguimos! =)

Penso que agora, a pouco mais de uma semana de completares meio ano de existência, poderás começar a achar graça a um pratito de sopa e a umas mistelas de fruta. E eu vou ficar feliz, muito feliz, por não andar de bomba atrás, qual terrorista do leitinho materno, a fazer contas aos mililitros que faltam para o dia seguinte...

A brincar, levas para a creche 400ml de leite por dia apenas para duas refeições, fora o que bebes diretamente da fonte. Estou a produzir qualquer coisa bem perto de 1 litro de leite diário. Estaria uma top model, não andasse a comer como um cão esfomeado. Isto sai mesmo do corpinho...

Mas apesar de estar feliz pela tua nova etapa alimentar, não consigo evitar alguma nostalgia precoce. É quase uma tristeza pensar que deixaremos este vínculo que nos une tanto. E logo volto ao mundo dos racionais e penso que isso não faz sentido nenhum, tens é que crescer e conhecer coisas novas. E o coração sorri, embora apertadinho.

Nem quero pensar quando deixares de mamar. 
É indescritível a sensação de aconchego. 
O teu olhar maroto quando me olhas a comer. 
A forma como me abraças.
A amamentação é muito mais do que leite e alimentação. 
É amor. Amor em estado líquido. 
E talvez assim se perceba quão sem sentido é dizer que o leite não alimenta ou que não é bom.