quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

A revisão dos 365...

Com o aninho, nova incursão ao Sr. Doutor.
Percebemos que a doutrina diverge quanto a alguns assuntos... 

Doutor PM: "Já dança?"
Mãe: "Sim, dança muito bem. Abana-se todo quando ouve música!"
Pai: "Ou isso ou tem um problema nas perninhas, que aquilo não é bem dançar..."

Doutor PM: "Dorme bem de noite?"
Mãe: "Muito melhor, acorda algumas vezes mas vamos lá, damos umas palmadinhas e, a maior parte das vezes, fica outra vez."
Pai: "Mal, muito mal. Só adormece ao colo e faz umas grandes birras".

Doutor PM: "Então e esses dentinhos?"
Mãe: "Já são 4! Rói tudo, parece um castor..."
Pai: "Ui... O pessoal até se esquece das orelhas grandes, com estas favolas que lhe apareceram à frente!"

Doutor PM dá-lhe um ratinho de brincar que vai imediatamente para a boca.
Mãe: "Tira lá isso da boca, que não é teu, filho."
Pai: "E não são maneiras de tratar os animais..."

As consultas são sempre um fartote. Rimos, jogamos ao "Peso Certo", colocamos dúvidas e saímos esclarecidos. Queixamo-nos de birras e acessos de raivinha que, evidentemente, não mostrou na consulta. Como os carros com problemas quando chegam à oficina... Um anjinho sorridente!

78,5cm, 11.290kg, diz adeus, bate palminhas, responde ao nome e a outros estímulos, dança, associa gestos a músicas, olha as pessoas nos olhos, cumpre nos jogos de encaixe, tudo ok. 

Aqui concordamos todos. Está como o aço!

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quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

"Um grande passo para a humanidade..."


"(...)
E os passos que deres / nesse caminho duro, do futuro / dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances, não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.
(...)"

 Com a ajuda de Armstrong e Torga, um beijo (orgulhoso) da tua Mamã... 😉
 

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Um ano de Ti

21 de Novembro de 2015
10h26.
3,590kg e 48,5 cm.

Nasceste exatamente há um ano.
Hoje acordei tão feliz como naquele dia.

Entrei na sala de partos como quem vai para um encontro com o amor da sua vida: algumas borboletas no estômago e uma alegria imensa que não se consegue escrever, nem com todas as letras do mundo... Depois há um misto de sensações, pica aqui, liga ali, não mexe, "sente-se bem?". Entra o papá. Sei que estás a chegar, é a tua deixa, estamos todos, podes vir.

E pronto. Apareces com um ar um pouco abananado e não é para menos. Pousam-te no meu peito e o tempo pára. Não há relógios, não há barulho, sei lá bem se me estão a coser ou sequer se há mais gente na sala. Eu e o papá de mãos dadas e tu, a coisinha mais pequenina, e macia, e quentinha que alguma vez senti. Talvez saibam do que falo e saibam também que é indescritível. Aquele preciso momento. Aquele em que quase se ouve o zumbido do tempo a parar. Aquele em que a lágrima lá cai, presa que estava na ansiedade de te ter assim tão perto.

E hoje fazes um ano.
Tens quatro dentes, usas botas, tens preferências quanto a programas televisivos, adoras livros, música e brincadeira. És um provocador, estás quaaaaaaase a andar, bates palminhas, fazes as "doidas, doidas, doidas andam as galinhas", dizes adeus, "mamã", "papá" e mais um sem número de palavras (menos importantes 😃). Mais espetacular do que tudo isto são as tuas gargalhadas. São mais bonitas que alguma vez ouvi, iluminam-me o coração.

Está a passar muito rápido, o que é assustador. Portanto, não sendo sábia nem sequer aspirante a tal, deixo-te o que para mim é essencial na vida, esperando que isto te sirva para encurtar caminho na busca pela felicidade: o mais importante, filho, são as pessoas. Melhor: o mais importante é o amor que partilhamos com aqueles que nos amam. E é esse que devemos honrar todos os dias da nossa vida.

Por ti, hoje, pelo nosso amor, ergo a minha taça.
Por muitos anos!

                                                    

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

A uma vida sempre colorida!

Há dias assim...
Principalmente quando antecedidos de uma noite com um soninho pouco aprimorado.
Tudo parece um pouco turvo, mal explicado e contra nós.
E quando isso se multiplica por algumas noites seguidas, eis que a coisa começa a perder a graça.

E se tu ficas birrento com o nascimento dos dentes, o teu pai fica birrento quando dorme pouco e eu fico birrenta quando vocês os dois estão birrentos. Está o caldo entornado, pessoal!

Há dias assim.
Diria que menos coloridos mas, meu filho, tens razão, cinzento também é cor.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

(Ainda) Papuça e (já) Dentuça

Tenho um bi-dente em casa. É oficial.
Rói o mundo, qual castor empenhado e baba-se como um tipo a fazer dieta, frente a uma mousse de chocolate caseira... Gosta de segurar a bisnaga do creme para as gengivas (sim, aquele que sabe a mentol e cheira a banana, para baralhar os sentidos) e abre automaticamente a boca sempre que desenroscamos a tampa.
Pensa que já é independente para andar sempre de um lado para o outro agarrado a tudo o que esteja (aparentemente) fixo, apesar de abanar como um ramo ao vento, mesmo sem vento.
Liberta palavras com um orgulho encantador: mamã, papá, papa, "já está" e "é bom" (sempre associado a comida). E, embora com um léxico diminuto, tem-se safado bem...
Corre para tudo o que não deve e faz aquilo que ninguém quer: desliga a box, desprograma a televisão, faz telefonemas do fixo, atira com os comandos ao ar e abre e fecha as persianas elétricas. Acha graça a deixar-nos os nervos em franja sempre que foge à fralda. Ora, tiramos a fralda suja e depois suamos para colocar uma limpa: rodopia, vira-se ao contrário, desvia o rabichel, sempre com a rapidez marota de quem não tem noção do tempo, dos atrasos, dos horários de trabalho, da paciência humana... Desde ontem acalma quando eu canto uma música sobre Sally, o camelo que vai perdendo bossas até afinal ser um cavalo. Até nisto goza o pessoal com requinte...
Mas continua com aquilo que faz o mundo avançar e que (espero eu) há-de manter até aos 80 e muitos: um tal brilho contagioso no olhar, de quem descobre a essência das coisas a cada segundo. E, tenho testemunhado ao vivo e a cores, já aprendeu bem a receita para ser feliz: a cada tropeção ou queda, o remédio é levantar e seguir viagem. Por vezes sem saber onde chegará, mas sempre com a certeza da partida e o entusiasmo do caminho.


segunda-feira, 26 de setembro de 2016

"Sapato não, seu Nacib!!!"

Meu puto de alma livre e pé descalço:

A vida não é forrada a algodão doce nem, tão pouco, um campo relvado. Digo assim, fisicamente falando. Daí que, tirando toda a poesia à dureza do chão, me vejo obrigada a insistir contigo para que te calces, nesta tua nova fase tão exigente.
Sei que tens ainda algumas reservas perante essas "coisas", que entendes como limitadoras da tua liberdade mas, acredita, assim que as percebas, poderão levar isso de "ser livre" a um outro nível.
Repara: podes gatinhar sem fazer feridas nos dedos dos pés, podes dar biqueiros às coisas sem que te magoes e tudo isto com outra estabilidade e segurança. E haverá sempre espaço para andares descalço, quando a mamã e o papá assim o entenderem como adequado, ok?
Portanto, por favor, pára de tentar descolar tudo o que é velcro e acredita: sempre que te calço NÃO É UM JOGO. 

Agradeço a atenção.

Tua Mãe 
(a usar sapatos desde 1982)


quarta-feira, 21 de setembro de 2016

10 meses?! Jáááá???!!!!!

10 meses de ti e cada vez mais caloiros.

Desta vez tivemos doença no reino. Não te ficaste pela febre que vai com um Benuron e avançámos para um primeiro diagnóstico, com direito àqueles nomes com que se mede a gravidade à sílaba: na-so-fa-rin-gi-te a-gu-da. Ui... Uma vulgar constipação, na verdade, mas a soar logo a coisa de hospital privado... 
Depois de três dias de atestado, acabou por ser um exantema súbito (o que também não está mal ao nível da sonoridade), com febres altas, pintinhas no corpo, e tudo e tudo, para mostrar a todos que não somos nenhuns pelintras. Um horror para os maricas dos teus pais, que choram por tudo o que te envolva a ti, "hospitais" e "pauzinhos de ver a garganta" na mesma frase, quanto mais ao vivo e a cores... 
Enfim, mais um check na nossa "Caderneta do Progenitor".

Com o avançar da idade, mudaram também os teus menus. Vai Adriana estudar a arte da paparoca, agora mais texturizada, para que o bebezão comece a perceber que há mundo para além da sopa passada. Comecei com algo a que chamei, e passo a citar, "Franguinho com cenoura e maçã, num arco-íris de batata doce e (poucas) ervilhas". Bumba!!! Sem erro. Masterchef dos Babys!!!
Nada. Não gostou. Entusiasmo: zero. Abriu a boca porque era comida (e este menino está a investir seriamente no corpinho), mas só não bocejou por respeito. Do que gosta afinal? Arroz com carne e cenoura baby, peixinho desfiado, assim numa de puto maduro. É isso, filho, já te entendi. Um miúdo que já se põe a pé, que se segura no sofá e que liga o mobile do berço com os pés, não anda para aí com papinhas, nem a brincar às texturas. 

Estes 10 meses têm sido surpreendentes e têm passado à velocidade da luz. 
Cada vez que me familiarizo com algo da carreira de "mãe", mudas a habilidade e muda também aquilo que é preciso saber. E cheira-me que há-de ser sempre assim... Andar um passo atrás e ser uma mãe "à frente".
Estás cada vez mais malandro, mais giro, mais tudo. És, sem dúvida, a melhor parte de mim (animal repetitivo, esse "bicho-mãe"...)!
Talvez todas as mamãs digam o mesmo, eu sei. 
Mas é que eu estou meeeeeesmo a falar verdade.

Francisco a tentar engolir a sua Mãe. Com Amor, vá.


sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Noves fora (e) dentro

(Tinha que aproveitar o potencial deste trocadilho... 
e só funciona até ao próximo dia 21!)

1 - Já gatinhas.
2 - Já te pões de pé sozinho.
3 - Já te esqueces que ainda não sabes andar e... já cais.
4 - Já tens galos na testa.
5 - Já tens arranhões, esfoladelas e os joelhitos vermelhos.
6 - Já bebes pela palhinha.
7 - Já te ris para a televisão como se entendesses as piadas.
8 - Já dás um "passou bem?" (O papá diz que já "dás a patinha...") Eheeheheheheh
9 - Já dás abraços e umas beijocas bem lambidas...

Nove habilidades. 
Nove meses dentro de mim. 
Nove meses fora.
Ora aí está!


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domingo, 4 de setembro de 2016

Just chill...

Terminaram hoje as primeiras "férias grandes" do Francisco.
Prometiam e não desiludiram - um mês de muita brincadeira, gargalhadas, descobertas e novidades...


Hoje és um puto maior (literalmente), mais forte, mais risonho e ainda mais simpático. 
Obrigada aos avós (Nani e Carlos) e à titi Sarinha pelas melhores "primeiras férias grandes" que poderias ter tido. Foram uns Guerreiros...
Obrigada à bisa(vó) Sara pelos miminhos-e-abraços-sem-preço e pelos dias bem passados em Coura.
Obrigada a todos os tios e primas e pessoas-apertadoras-de-bochechas-e-"ai-que-fofinho" que fizeram deste mês um tesouro irrepetível.

Obrigada a ti, filho, pela boa onda, pelos beijos e babadelas, pelo cabelos arrancados com tanto afinco e dedicação, pelos mergulhos, pela areia comida, pelos melhores dias de praia de sempre, pelos óculos repetidamente arrancados da cara da mãe, pelos passeios, pelos sorrisos marotos, pela cumplicidade, pelos momentos de "só-nós-dois-é-que-sabemos". 

Hey, segunda feira começa a vida outra vez. Que a vivas sempre de frente, de peito cheio e coração aberto. E que a transformes numas "férias grandes" eternas, no que respeita ao amor que recebemos todos este agosto.

No stress. Just chill... ;)

sábado, 13 de agosto de 2016

Desabafo-não-piegas-sem-sucesso-à-partida


Ora pronto. Chegaram as férias e, depois de muito equacionar e quase deprimir, lá nos decidimos - vamos ao nosso trabalho de verão (que tanto jeitinho nos dá na organização financeira do reino) e tu, meu amor, vais passar uns dias com os avós.
"Oh céus, vai ser um horror para nós!", "Com 8 meses?! Ele não se vai adaptar!", "Como fazer com a maminha?", "Será que vamos conseguir estar separados?".
O puto mandou a minha ansiedade às urtigas. Está feliz da vida. Come no jardim, tem uma piscina e uma gata que foge dele a sete pés. Não tem maminha, usa o biberão ("E depois, mãe? Já sou grande! Voltamos ao nosso namoro quando chegares. Eu espero por ti...").
Em cada foto que chega ao meu telemóvel tem um sorriso de orelha a orelha e, com quase 9 meses, não se fabricam estas coisas. Está feliz e pronto.
Eu?! Ora bem, encontrei uma grandeza diferente para a saudade, é certo. Mas talvez não me faça mal esticar este cordão umbilical invisível que dizem durar até aos 50 (e picos...). E voltar a namorar (que bom é andar de mão dada com o papá sem ter relógio...).
Ninguém morreu e até nasceram uma data de coisas novas (e bonitas!) desta decisão. "O que não nos mata torna-nos mais fortes!" - diz-se por aí. E aceitando isso tudo como certo, reconhecendo que é ótimo para a mamã e o papá saber-te feliz com quem (também e tão bem) te ama, a verdade, aquela que não se diz alto, é que conto as horas para te ver.
E se eu fosse realmente piegas diria que dentro de 118h estarei a abraçar-te, de coração cheio. Mas não sou. :-)

sexta-feira, 29 de julho de 2016

Férias e miúdas de "Little Swimmers", o que é que um puto pode querer mais?!

Amanhã vou de férias.

Vou ver os meus avós, matar saudades a sério, que já estou farto de só dizer "Hey" ao telefone.
E vou fazer a coisa como deve ser: conto aprender a gatinhar (que já só falta um danoninho - seja lá isso o que for), tomar muitos banhos de piscina e relaxar bem na relvinha que este, afinal, foi um ano bem stressante. Para começar, nasci. Sim, acontece a todos mas quase ninguém se lembra. E desde aí tem sido uma emoção constante, não há dia que não me aconteça uma coisa nova. Não acham que preciso MESMO de descansar?!
E, claro, não há sítio melhor do que a casa dos avós para isso. É uma espécie de Resort com Tudo Incluído, mas sem precisar de pulseira. Atenção, um TI de qualidade, não é daqueles em que os tranfers e as bebidas no bar da praia são à parte... "Tudo" é mesmo tudo e muito mais, com colinho, palhaçada, canções, palminhas e muito espaço!

Ahhhhh... Nunca mais é amanhã...

Assinado: O Filhote


quarta-feira, 20 de julho de 2016

O muito que se faz por aqui...



Tudo agora cheira a descoberta.
És curioso. Tentas. Testas. Desafias o mundo e as pessoas.
Ah, miúdo dum catano! =)

1. Já fomos à praia. Duas vezes. Na primeira fizeste xixi em cima do pai. Na segunda, em cima da mãe. É justo. Não choraste. Nós também não. 
2. Aprendeste a guinchar. Sim. Não é choro. Não são gritos. São mesmo guinchos. E furam os tímpanos. E conseguirás uma ordem de despejo para todos se isto assim continuar. Mas amamos-te e o mundo é belo.
3. Estás a aprender a gatinhar. Primeiro começaste pela marcha atrás e agora estás, há umas semanas, na fase do "é agora!": levantas o rabo, ameaças, mexes os braços e as pernas e... descansas. Faz de conta que és tu que não queres ainda.
4. És um maroto de primeira apanha. Já percebes a asneirada, olhas de lado e ris-te do "mal". Quando os teus educadores te olham com aquela cara que (supostamente) impõe RESPEITO, começas à gargalhada. Talvez não vá ser assim fácil chatearmo-nos contigo... 
5. Tens um gosto especial pelas frinchas de luz que entram pela persiana entreaberta. Acho um apontamento interessante. E fino. Um puto atento à beleza da vida. Like. 
6. Continuas com uma adoração pegada pela "Aquarela" do Toquinho. É a música de emergência. Quando já nada resulta, apostamos nela. Toquinho, amigo, estás aqui (<3).
7. Fazes "ba ba ba ba ba" com uma grande desenvoltura e vontade de comunicar. E tens o teu pai a afirmar que dizes "papá" desde os 7 meses. 
8. Não tens dentes. Ameaças, só. Não sei como fazes, mas já me trincas as maminhas. Meu filho, ou te pões fino ou, mais cedo ou mais tarde, "acaba-se a mama". 
9. Continuas super simpático, sorridente e bonito. Pronto, és um puto bonito. O que hei-de fazer? Não vou mentir...
10. Amanhã fazes 8 meses. Detestas sapatos. Adoras dar cambalhotas. Detestas papaia. Adoras manga. Detestas que te limpe o nariz. Adoras canções. Detestas os desenhos animados do macaco e da avó. Adoras a Hippa Hey. 

O que dizem os teus olhos?! =D

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Ao meu filho

Estou apaixonada por ti. Não sei se é só por seres meu filho, se isto é natural e acontece a todas as mães, mas és o ser mais doce e fofinho que eu conheço. 
Tão cedo me ensinaste a ser irremediavelmente tua que me esforço por lembrar, por vezes a custo, que somos seres livres, que o cordão umbilical foi cortado, como condição para podermos viver.
Ver-te crescer é a coisa mais louca e fabulosa a que já tive o privilégio de assistir. Fazer parte da tua existência será sempre a coisa mais bonita da minha vida.
Tudo tem uma importância diferente, é quase impossível explicar como se fizesse sentido ou fosse normal aos olhos dos outros. Talvez não seja. Não faz mal. Não tenho pretensões de ser normal, nunca tive. 
Só quero ser aquela mãe que ajuda o seu filho a ser feliz. E não o prende numa redoma. E não finge que ele é livre andando sempre atrás, para o impedir de cair.
Sou uma aprendiz do amor e da liberdade. Corrijo, filho, sou uma aprendiz do amor e da liberdade na mesma frase. 



terça-feira, 21 de junho de 2016

A doce ternura de te ter comigo



E pronto. Já lá vão sete meses.
Dizer que a vida mudou, que sou mais e melhor, que és o brilho que não se traduz, já sabe a pouco. Num sopro, chegámos aqui.

Sete meses de TI.
Sete meses de um sonho que nunca sonhei, por não saber que podia sonhar-se tão bonito.

Adoro-te, bebé!

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Leite gordo. Amor em estado líquido.

Enorme. É a palavra que te descreve.
Um bebé de 5 meses e tal a vestir roupa de 9. 

Já não dizem que o leite não chega, nem que choras com fome. 
Boa puto, conseguimos! =)

Penso que agora, a pouco mais de uma semana de completares meio ano de existência, poderás começar a achar graça a um pratito de sopa e a umas mistelas de fruta. E eu vou ficar feliz, muito feliz, por não andar de bomba atrás, qual terrorista do leitinho materno, a fazer contas aos mililitros que faltam para o dia seguinte...

A brincar, levas para a creche 400ml de leite por dia apenas para duas refeições, fora o que bebes diretamente da fonte. Estou a produzir qualquer coisa bem perto de 1 litro de leite diário. Estaria uma top model, não andasse a comer como um cão esfomeado. Isto sai mesmo do corpinho...

Mas apesar de estar feliz pela tua nova etapa alimentar, não consigo evitar alguma nostalgia precoce. É quase uma tristeza pensar que deixaremos este vínculo que nos une tanto. E logo volto ao mundo dos racionais e penso que isso não faz sentido nenhum, tens é que crescer e conhecer coisas novas. E o coração sorri, embora apertadinho.

Nem quero pensar quando deixares de mamar. 
É indescritível a sensação de aconchego. 
O teu olhar maroto quando me olhas a comer. 
A forma como me abraças.
A amamentação é muito mais do que leite e alimentação. 
É amor. Amor em estado líquido. 
E talvez assim se perceba quão sem sentido é dizer que o leite não alimenta ou que não é bom. 



sexta-feira, 22 de abril de 2016

Modo zombie!

Resultado de imagem para mulher ensonadaFilhoquitas, a mamã anda cheia de sono...
Talvez seja por acordares às 6h da manhã como se fossem 2h da tarde. Talvez. Não sei.
Ou então por acordares 2 vezes por noite para uma pinguinha!
Ok, é certo, as 20h30 estás pronto a dormir. Mas não dormes. Adormeces levemente e ficas ali, a curtir a maminha... Mamas numa, massajas a outra... Tudo em modo chill out. 21h estás no berço. 21h40 estás a chamar outra vez para mais meia hora de relax... 22h10 estás a dormir ferrado. Pronto. É quase certo que pela 1h / 1h30 estás outra vez a chamar... Desta vez para uma refeição curta. E pronto, depois dormes o sono dos justos até às 6h.

Não quero ser exigente. Não sei sequer se isto é uma queixa.
É apenas um facto: tenho sono. Muito sono.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

3 semanas depois!



A vida passa a uma velocidade alucinante.
Há momentos em que dou comigo a pensar "Olha, era giro escrever sobre isto" e sei que já muitos se perderam nestas 3 semanas que me separam do último post. Basta dizer uma frase: 

O Francisco já está na creche. Sim, a tempo inteiro. Entrou para o mundo do trabalho.

A adaptação foi mais ou menos simples, mais para ele do que para nós que ainda estamos a habituar-nos... Começou a semana passada, devagarinho, primeiro 1h, depois 2h, depois dormiu a sesta e pronto, agora é a sério.

Não tenho tirado fotos, nem filmado. =( O meu telemóvel caiu na sanita. Acredito que foi acidente e não suicídio, por uso intensivo. O certo é que faleceu. E agora aguardo novidades do apoio, para poder voltar a registar os nossos sorrisos. Parecendo que não, o raio do telemóvel faz cá uma falta!!!

Eu tenho a sensação que ando sempre a correr de um lado para o outro. Continuo a tirar leite nos intervalos. A correr. Como a correr. Durmo a correr. Trato das roupas a correr. Corro para casa no final do trabalho para o ir buscar à creche e depois, finalmente, deixo de correr para as melhores horas do dia. 

Temos os nossos momentos, sim. Quando chegamos a casa, depois do leitinho, deitamo-nos os dois na cama grande, por cima da roupa, papo para o ar e olhos no teto. E palramos, e rimos, e damos cambalhotas e beijinhos. Há dias em que até se ouvem gargalhadas dos dois. E não trocava esses minutos nem por todo o dinheiro do mundo...

segunda-feira, 4 de abril de 2016

1º dia de trabalho d.F. (depois de Francisco)...

Eis que chegou o dia.
Não dando para adiar e sabendo que nunca estaria pronta, enfrentei.

"Rais ma parta, Adriana Guerreiro, se não lidas com isto como uma pessoa equilibrada!", disse eu para comigo no carro, a caminho da escola, e assim foi. Chorei um bocadinho logo ali, para atalhar caminho. Já não há pessoas assim tão equilibradas...

Junto ao material escolar levei geleira, bomba para tirar leite, a cara e a coragem. Não tenho por hábito sacar das mamocas no meu local de trabalho. (Mas hoje saquei. E rapei um frio tal que amanhã levo uma mantinha...)

Devo dizer que afinal tudo correu muito bem. Não tive um ataque de ansiedade nem fiquei com uma úlcera nervosa. Até gostei muito de rever as pessoas que tão bem me acolheram no início do ano. E os miúdos. Que bons abraços recebi hoje...

Voei para casa como nunca. 
Coração a saltar já pela boca fora, nariz pronto para "snifar" profundamente o meu bebé... 
E brincámos, e rimos, e brincámos outra vez... E demos abraços e tudo, e tudo, e tudo a que temos direito.

Amanhã é outro dia. Outro dia para apanhar trânsito, tirar leite, contar minutos para ver o teu sorriso outra vez.
Outro dia perfeito para se ser feliz!  ;)

segunda-feira, 28 de março de 2016

O nosso 1ro dia...

Há um ano soube—te em mim.
A minha vida mudou para infinitamente melhor.

Primeiro senti—me sonecas...
Depois com vontade de comer bolinhos de canela do IKEA.
E, surpresa das surpresas, eras tu.

Foi assim que falaste comigo a primeira vez, há exatamente um ano. E logo, logo me senti maior, mais forte, mais especial e um pouco mágica por ser Tua Mãe.


sexta-feira, 18 de março de 2016

(Sempre) Contigo em mim...

Termina hoje a nossa aventura diária de "só-nós-dois"...
É inacreditável o que já vivemos nestes 4 meses que, afinal, passaram a voar. Foi mágica a forma como nos fomos percebendo, dia a dia, num Amor que não conhecia.
Hoje és grande, és enorme (7kg!), todo tu és baba  e sabemos que nada é suficientemente grande que não caiba na tua boca. Pelo menos, tentas sempre.
A tua música preferida é a do coelhinho ("De olhos vermelhos / e pelo branquinho / aos saltos, bem altos / eu sou um coelhinho! ..."). Adoras rir e bater nos brinquedos da sala até fazer música. Quando estás para aí virado falas como um doido (ah, eh eh, uhhhh...) e agora também suspiras com som (Aaaaahhhhhh!). Muitas vezes seguidas. Lá suspirar é contigo!
Tens um coelhinho branco que vai contigo para todo o lado e que adoras lamber até estar todo melado...
Não gostas de estar sozinho e chateias-te se ninguém te der atenção durante muito tempo. Ora pois claro. Sais à humanidade!
Adoras beijinhos repenicados e tentas sempre morder a mamã, com um ar risonho e safadote.
Bebes água pelo biberão. Mal. Ainda. =)
Já adormeces mais cedo o que faz com que andes muito menos rabugento e mais bem disposto!

Sei que ficarás muito bem com o papá e que os dois se vão divertir muito juntos. Sei mesmo e estou feliz. Ele está ansioso também por estar contigo.
E eu hei-de reaprender a voltar à vida antiga. Que será sempre nova. Contigo em mim.


segunda-feira, 7 de março de 2016

Estreias...

Com a operação da avó, chegou também a oportunidade de sair do casulo e virar borboleta.
O papá apoiou e a mamã, um pouco ansiosa, lá comprou as viagens ao norte.
Para cima, comboio.
Para baixo, avião.
Tudo estreias para o pequeno rabujas (e para mim, na nova missão!)



Marquei a ida para as 7h da manhã. 
Em teoria, o Francisco faria a viagem toda a dormir e a prática não desiludiu.
Claro que o táxi que chamámos não apareceu à porta de casa. Quase que ficava a dormir na sua alcofa, descansado. Vai-se lá saber como, conseguimos chegar a Santa Apolónia, níveis de stress nos píncaros, língua de fora, coração na boca e a ideia de que "temos-mesmo-que-fazer-exercício-que-mais-uma-destas-e-faleço-já-aqui"...
Percebi facilmente, assim que o papá nos deixou dentro do comboio, que um carrinho de bebé e uma mala de rodas não são muito fáceis de transportar por uma pessoa só. Sou um génio. 
3h30 de paz e amor, com um Francisco sonolento e de intestino tranquilo, para bem de sua mãezinha.
À chegada esperava-nos um grande sorriso chamado Avô.



No regresso, a coisa foi ainda mais pacífica. 
O puto resolveu dormir até entrarmos no avião. Tudo o que é chato (embarque, controlo de líquidos, "tire o menino do ovo", etc...) ele resolveu com uma boa soneca. Muita boa decisão, filho.
Mama a descolar, mama a aterrar. Não houve dor de ouvidos que lhe pegasse.
"Nos entretantos" resolveu espalhar charme e sorrisos pelos passageiros e até uma ou outra gargalhada para a hospedeira (de lábios vermelho-vivo) e a lâmpada de wc que acendia e apagava (uma fixação com cores luminosas - dão-lhe uma grande vontade de rir).
E era ouvir os passageiros "Que fofinho!", "Tão simpático...", "Que bebé tão calminho!"...
Confesso que não contei o grande chorão que é às vezes, fiquei inchada como um perú e tomei algumas decisões: 
1. hei-de cravejar o teto do quarto do puto com luzinhas de wc;
2. terei sempre à mão um baton vermelho, para mim e para o pai;
3. sempre que estiver com os seus mega ataques de rabujice, responderei com "Em caso de despressurização, máscaras cairão automaticamente. Puxe uma delas, coloque-a sobre o nariz e a boca ajustando o elástico em volta da cabeça.Obrigada por ter escolhido a LoveAirlines...


segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Comprei uma cinta...

Ai e tal, crise dos "3 meses depois"...
"O raio da barriga que não cabe nas calças", "que lindinho este pneu", "hmmm, parece-me que eu não era assim!"

Troca de comentários com recém mamãs, todas ansiosas por largar as calças do pijama diretamente para um vestido de noite justinho. Solução? Uma varinha de cond... uma cinta. Daquelas que modelam, adelgaçam e tudo e tudo e tudo.

Investiguei na net. Há de tudo na net. E encontrei. Mesmo o que eu queria. Mandei mail com a minha altura e peso, responderam que sou tamanho S e ganharam uma amiga para a vida...

Chegou a cinta e logo o meu cérebro questionou... "Vais mesmo caber aí?" E eu, orgulhosa, cismei que aquilo havia de servir. Estica que estica, encolhe, encolhe, encolhe, NÃO RESPIRA AGORA!!!! Ok, está.

Perfeito. Cintura de vespa, Postura irrepreensível.
Não mexe, não dobra, não fala.
Adelgaça o corpo e modela o caráter.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Quem é o Francisco?

Desde que engravidei, eras tu um adorável ponto preto numa preciosa folhinha cinzenta, que ando curiosa por saber quem és. Hoje, 3 meses depois de estares cá fora, façamos um pequeno "resumè" para que não nos falhe nada...

Quem é, afinal, o Francisco?

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O Francisco é um puto porreiro. Disso não há dúvidas.
Tem uns olhos gigantes, espertos e vivaços e umas pestanas a condizer. Os lábios são bem definidos e o narizito proporcional, quase sempre a pedir uma limpeza a soro, para remissão dos nossos pecados... É um matulão, quase sempre lhe dão "mais idade"!!! =)
Adora estar ao colo, principalmente no do papá de onde vê melhor o mundo!
Passou os primeiros dois meses aos gritos e havia de ter muita razão, com certeza.
Agora está mais calmo e maduro, dorme noites inteiras e acorda muito bem disposto (quase, quase, quase sempre com um mega sorriso a puxar a gargalhada...). Precisa de ser um bocadinho melhor calibrado, as noites são bem dormidas mas a verdade é que nunca tem pressa para recolher aos aposentos...
Adora mamar e arranhar as maminhas da mamã. Continua sôfrego como no primeiro dia. Como se não comesse desde então. Não é defeito, é feitio. Um estilo próprio. Trapalhão até à quinta casa... Quando se lembra que tem fome liga a sirene (no máximo) e só se cala quando lhe sabe a leite. É algo que nos deixa malucos a todos...
Arrota como ninguém e dá uns peidinhos monumentais mas, segundo o meu Tio Zé, também os príncipes o fazem. Confio no meu Tio Zé. Ele só fala do que sabe e tem um coração enorme portanto ainda há esperança aqui para o meu pequeno carroceiro aspirante a príncipe!
Adora música e é bastante eclético. Desde Beatles a Ravi Shankar, passando pelos Azeitonas, tudo capta a sua atenção. Mas para vê-lo maravilhado é ligar o mobile que está no berço. Adora observar os bonequinhos a rodar... São 18 minutos em que ninguém dá por ele.
Agora ri-se sozinho a olhar para o teto, para as matrioscas, para os galos de barcelos, para tudo o que tenha um pouco de luz e cor.
Ainda não agarra os brinquedos mas já faz imensa força nas pernas e no pescoço. Está a menos de um quase para segurar sozinho a cabeça.
É um comunicador. Assim que o deitamos no fraldário (um dos seus sítios preferidos) começa grandes conversas de "hãs", "hus" e pequenos guinchinhos.
É também um bom bolsador quando não arrota devidamente. Geralmente tem a decência de escolher pessoal próximo para deixar a sua marca. Menos mal. E raramente acerta nos tapetes. Também é um cuidado que lhe assenta bem.
Mexe-se sempre no último milésimo de segundo antes da câmara disparar, o que faz com que a maior parte das fotos estejam desfocadas.
Adora adormecer encostado à mamã e, se for com a maminha na boca, tanto melhor. A mamã sabe que isso não é lá grande coisa. Dizem os livros. Dizem todos. Todos menos o seu coração que derrete parece açúcar, sempre que o Obélix se aconchega...