domingo, 17 de janeiro de 2016

O raio da mastite!

Ora o ano começou com umas dores do catano.
Mama esquerda vermelha, quente, dura como pedra.
"É massajar, águinha quente, tirar o leite que o puto não mamar com a bomba!"
Parecia simples mas não foi.
Poderia ter melhorado, mas não. 
Parece que havia algo a aprender daqui.

Marquei presença no Hospital da Póvoa no primeiro dia do ano e não me arrependo. As enfermeiras foram carinhosas, meigas, ajudaram no que era permitido fazer à data e deram algum alento (e Brufen) para conseguir chegar a Lisboa ainda com um sorriso tímido. 

Aqui é que foram elas. Quando cheguei às mãos da enfermeira M.Pinho desejei não ter nascido. Se fosse para desfazer o que estava entupido e resolver o problema manualmente, a coisa tinha ficado feita ali. Sem meiguices mas com muito profissionalismo. E amor pelo que se faz. E por mim. Porque só quem ama ajuda incondicionalmente.

Também não resultou. 
E a maminha esquerda continuava em sofrimento...

Partimos para a chamada Consulta da Mama com a Dra A.Nazaré. 
Antibióticos, analgésicos, injeções e mais o diabo a quatro.
Nada.
Dores para caraças, febre e tudo a que se tem direito.
Sentença: só operando.
E lá foi a maminha esquerda, cabisbaixa, assustada e cheia de dores para a sala de operações.

O que lá se passou só alguns viram. Conta quem lá esteve que não foi bonito.
Mas estou melhor, essa é que é essa...
Nem 8 semanas depois da cesariana, mais um corte, desta vez no peito.
Sou linda, na minha versão patchwork.

Hoje, estou só com os pontos (tiraram um dreno do tamanho de duas mãos abertas que não sei como coube aqui). Já quase não tenho dores e daqui a nada posso voltar a pegar no meu baby sem reservas.

Se é que há um lado bom nesta porcaria de mastite, esse lado chama-se Mónica Pinho.
Obrigada pelos apertos. Obrigada pela mãozinha na hora dos pontos. Obrigada por tudo.
És uma AMIGA DO PEITO!

4 comentários:

  1. Ai Adriana, este teu post até me arrepia! A minha subida do leite foi brusca e repentina, violenta mesmo, mas não chegou sequer ao ingurgitamento, quanto mais à mastite...
    Eu sei o que é tentarem drenar-nos uma mama manualmente quando temos os bicos todos gretados e a deitar sangue, mas chegar a ter de ser operada!!!
    Bom, já passou! É o que importa... As melhoras rápidas e que consigas esquecer este episódio menos feliz!
    Um beijinho e tudo de bom!
    Alexandra

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    1. Um beijo enorme, Alexandra! Força nisso que havemos de conseguir! Agora já está tudo melhor... =)

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  2. Força! Também passei pelas mãos carinhosas da Mónica ;-) (três vezes no ano passado) e sei bem o que dói! O que se aprende é que depois daquela dor, damos conta de qualquer recado!!! beijinhos!

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    1. Patrícia, três vezes? Ninguém merece... Espero que tenha ficado por aí. A Mónica é a maior, de facto. Sem ela seria em pior... =) Um beijo grande e obrigada por espreitar aqui o cantinho!

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